sábado, 31 de dezembro de 2011

VOCÊ FOI VITORIOSO EM 2011?

Por Francimar Araujo

O ano está acabando e as esperanças são colocadas no ano vindouro. Muitos propósitos foram concretizados e também alguns não se realizaram. Os planos traçados que não conseguimos tornar realidade querem trazer para as nossas vidas um sentimento de frustração. Como podemos ter a certeza de que obtivemos um ano vitorioso? Será que a quantidade de conquistas podem ser traduzidas em um ano de sucesso? 

Para o cristão nem sempre a lógica humana faz sentido. A Bíblia parece ser cheia de enigmas e muitas de suas declarações são totalmente contra as interpretações convencionais. A Bíblia diz que quando nos reconhecemos fracos, então somos fortes. Diz ainda que só os simples podem compreender os maiores mistérios divinos. Há uma afirmação que nos mostra que devemos nos alegrar com as perseguições. Esses são apenas alguns exemplos. Aquele que serve a Deus e procura andar nos seus caminhos não pode fazer uma avaliação de sua vida e realizações sob a ótica humana, mas tendo por base os desígnios do Senhor. Quando temos a certeza  que Deus cuida das nossas vidas, quando descansamos sob a égide da soberania do Deus Todo Poderoso, sabemos que todas as coisas cooperaram para o nosso bem, mesmo as mais improváveis. 

Podemos traçar um ano cheio de alegrias, mas as tristezas sempre estarão presentes em muitos momentos. Não nos preparamos para os momentos de adversidades mesmo sabendo que esses sempre surgirão em nosso caminho. Nos esquecemos que o choro pode até durar uma noite inteira. Também nos esquecemos que o justo pode cair sete vezes. As amizades que pareciam inabaláveis sucumbiram ante as intempéries. Sentimo-nos abandonados em muitos momentos. Circunstâncias tão difíceis que as palavras não puderam expressar nossos sentimentos. Isso nos faz ser o que somos. Homens frágeis.

Relembrando tantas dificuldades parece impossível declarar que o ano de 2011 foi vitorioso, principalmente quando vemos muitos dizerem que o ano foi só de alegrias e que realizaram todos os seus sonhos. Com certeza muitos que falam estas palavras fogem da realidade e não admitem os fracassos que tiveram. falta-lhes maturidade e coragem.

Não tenha medo ou o orgulho desnecessário de falar que não conquistou tudo o que queria. Não tenha vergonha de dizer que os sonhos não se realizaram. Pense na seguinte declaração: Como me sairia se conseguisse tudo o que planejei? Teria estrutura para lidar com todas essas conquistas? Às vezes muitos dos nossos sonhos quando se tornam realidade nos trazem grandes perdas e tristezas.

Quando contemplamos as Sagradas Escrituras entendemos que os nossos planos são falíveis e isso não nos deixa tristes, mas deve trazer para nós a segurança de que no final, a última palavra é de Deus. Aprendemos a não fazer planos movidos por sentimentos humanos de conquistas, mas a procurarmos conhecer a vontade do Senhor para as nossas vidas. Percebemos que nem sempre o que desejamos é o que necessitamos, mas o que Deus nos dá. Entendemos que os pensamentos do Senhor são maiores e mais sublimes que os nossos vãos pensamentos.

Neste final de ano, sem sombra de dúvidas, o sentimento que deve ocupar nossos corações é a gratidão. Saber que tudo o que conquistamos e perdemos foi devido às misericórdias do Senhor. Agradecer pelos meses de fidelidade que o nosso bondoso e benigno Sumo Pastor teve para conosco. Procurar adorar a Deus independente das lutas, problemas, dificuldades, dores e lágrimas que enfrentamos. Como diz o cantor cristão no hino 597, "Graças Dou":

Graças dou por esta vida: pelo bem que revelou.
Graças dou pelo futuro, e por tudo que passou.
Pelas bênçãos derramadas, pela dor, pela aflição.
Pela graça revelada! - graças dou pelo perdão.

Graças pelo azul celeste e por nuvens que há também,
Pelas rosas do caminho, por espinhos que elas têm,
Pela escuridão da noite, pela estrela que brilhou,
Pela prece respondida, pelo sonho que falhou.

Pela cruz e o sofrimento e por toda provação,
Pelo amor que é sem medida, pela paz no coração,
Pela lágrima vertida, pelo alívio que é sem par.
Pelo dom da eterna vida, sempre graças hei de dar.
 
Será que diante das palavras que foram expostas podemos ter condições de saber se o nosso ano foi bem sucedido?
Entendo que se conseguimos compreender o propósito de Deus para as nossas vidas e se nos dispusemos a buscá-lo, tivemos um ano abençoado. Se apesar das lutas não abrimos mão da presença do Senhor em nossas pelejas e compreendemos que a sua presença é o maior bem, nos saimos bem em 2011. Se mesmo diante de tantas ofertas do mundo e tendo muitas necessidades a serem supridas nós esperamos pelo socorro do nosso Deus, obtivemos êxito. Se conseguimos manter a nossa fé inabalável nos momentos que mais precisávamos dela, fomos vitoriosos. Se derrotamos, nas batalhas que travamos, os nossos três inimigos mortais a saber: A Carne, o Mundo e o Diabo, fomos vencedores.

Não sabemos o que nos reserva o ano vindouro, mas temos a convicção que o Deus imutável estará conosco. E mesmo não enxergando com os olhos naturais muitos motivos para achar que nada de novo vai nos acontecer, pela visão espiritual temos a certeza que o Deus que faz coisas novas, irá nos surpreender com muitas alegrias.

Feliz Ano Novo.







domingo, 25 de dezembro de 2011

POR QUE CELEBRAMOS O NATAL?

Por Norbert Lieth

festa de Natal é uma das mais populares do mundo. Muitos aproveitam a oportunidade para dar e receber presentes, mas quem mais usufrui dessa data é o comércio, que a cada ano começa mais cedo com a decoração natalina e sugere presentes para todos os bolsos e gostos. Mas será que ainda se sabe a verdadeira razão do Natal? Quem conhece sua origem? Será que é apenas uma festa de família, um momento de celebrar laços de amor e amizade? Para muitos, o Natal significa estresse, para outros representa solidão e um tempo onde o vazio interior é percebido com mais intensidade. Será que essa festa perdeu todo o seu sentido?

Vejamos porque devemos celebrar o Natal:

O Natal é a maior alegria que um ser humano pode encontrar

Encontramos este testemunho em Mateus 2.10-11: “E, vendo eles [os magos] a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo. Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe...” Ainda antes do nascimento de Jesus, Maria já exclamou: “o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador” (Lc 1.47). E o anjo falou aos pastores de Belém: “Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo” (Lc 2.10).
A desgraça do pecado é imensa, mas a alegria pela salvação em Jesus é incomparavelmente maior. Quantas vezes já sentimos grande júbilo e profundo alívio quando superamos um fracasso! Mas quando nos achegamos a Jesus, nos livramos de toda a culpa e das nuvens escuras da desesperança que pairam sobre nossa vida. Quando recebemos a Jesus, os raios do amor divino nos alcançam trazendo júbilo e alegria maiores que qualquer sofrimento, culpa ou frustração. Jesus é a luz no fim do túnel, a libertação da escravidão do pecado e a única garantia de futuro. Quem encontra Jesus é alguém que andou errante e finalmente achou o caminho de volta ao lar. E isso é motivo de intensa alegria, da maior alegria!

O Natal é a maior ação de busca e salvamento da história da humanidade!

Lemos no Evangelho de Mateus: “Ela [Maria] dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele [Jesus] salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21). E no Evangelho de Lucas está escrito que “hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11).
A maior catástrofe da humanidade foi sua queda em pecado. Ela foi tão terrível que não havia outra possibilidade de salvação a não ser Jesus Cristo tornar-se homem. Deus, o Criador, tornou-se homem em Jesus e morreu por nós. Ele deu Seu sangue e Sua vida para termos o perdão. A grandeza dessa operação de salvamento manifesta a enormidade de nossa culpa e a grandiosidade do amor de Deus. Quem não consegue ou não quer crer nessa verdade é como alguém que se acidentou por sua própria culpa mas não quer aceitar ajuda de ninguém e permanece preso às ferragens do carro.

O Natal é a maior paz que podemos usufruir

A base do Natal está alicerçada na misericórdia de Deus: “graças à entranhável misericórdia de nosso Deus, pela qual nos visitará o sol nascente das alturas, para alumiar os que jazem nas trevas e na sombra da morte, e dirigir os nossos pés pelo caminho da paz” (Lc 1.78-79).
Como clama por paz o nosso mundo! Os grandes e poderosos estão empenhados por ela, mas enquanto cada um, pessoalmente, não tiver paz dentro de si, o mundo continuará agitado. Trevas e sombras de morte caracterizam a imagem dos nossos dias. Todas as guerras e revoltas, todos o conflitos familiares e interpessoais são expressões da inquietação que habita em nossos corações. O grande pintor Michelângelo já dizia: “Não é a pintura nem a escultura que saciam a alma sedenta”. Todo o empenho em edificar e construir a paz não trará ao mundo essa tão esperada dádiva. Levantar a bandeira da paz, fazer marchas, passeatas e demonstrações em prol da paz igualmente será em vão. Agostinho, um dos pais da Igreja, formulou de maneira muito adequada o que traz paz ao coração: “Nosso coração fica inquieto até encontrar a paz em Ti, Senhor!” Somente Jesus poderá dirigir nossos passos pelo caminho da paz. Quem encontrou a paz com Deus através de Jesus Cristo tem uma paz inigualável no coração, e os efeitos não se farão esperar, “porque ele é a nossa paz...” (Ef 2.14) Nos campos de Belém os anjos declararam: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lc 2.14).

O Natal é a maior esperança que alguém pode ter

Segurando o menino Jesus em seus braços, o idoso Simeão louvou a Deus, dizendo: “porque os meus olhos já viram a tua salvação, a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel” (Lc 2.30-32). Ele tinha a esperança de ver o Salvador prometido, e teve o privilégio de segurá-lO em seus braços. Jesus é a esperança do mundo.
Jesus é o Salvador de todos que O aceitam, e trouxe a luz da eterna esperança aos salvos. Através dEle a escuridão da alma se transforma em luz. Quando conhecemos Jesus, nossos olhos se abrem. Sua Palavra nos proporciona tesouros espirituais inimagináveis, que Ele adquiriu para nós ao ressuscitar: vida eterna nas mansões celestiais junto de Deus, o Pai; felicidade eterna sem jamais ficarmos tristes; harmonia eterna sem a existência de pecado ou conflito; o fim do medo, da angústia, do estresse, das dúvidas e inquietações. Quem deixa Jesus guiar sua vida também poderá ver as coisas desta vida terrena a partir de outra perspectiva, de um ângulo diferente, iluminado por Deus.

Jesus é o maior presente que alguém pode receber

Por isso está escrito na Palavra de Deus: “Graças a Deus pelo seu dom [presente] inefável!” (2 Co 9.15). “O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23).
O Natal é a festa dos presentes. Gostamos de dar e de recebê-los. Mas todo presente precisa ser aceito. Ficamos decepcionados quando alguém rejeita o que preparamos e entregamos com muito amor e carinho.
Não há presente maior que o amor de Deus, que vem ao nosso encontro na pessoa de Jesus. Não há esplendor maior, não há bem material, luxo terreno ou qualquer coisa que possa, de alguma forma, ser minimamente comparado ao que Jesus nos dá. Ele veio do céu à terra para nos presentear com a vida eterna. Você aceita esse presente? Ou prefere ficar enlaçado com coisas terrenas que com o tempo se vão?
Você quer receber esse presente de Deus? O presente do perdão de todos os seus pecados, o presente da vida eterna? Se você o aceitar, Jesus Cristo transformará toda a sua vida – pois para Ele tudo é possível!
O Natal pode começar a fazer sentido para você. Jesus quer se tornar a maior festa de sua vida. Ele lhe diz agora mesmo: “Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der, nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (Jo 4.10,13-14). 

Fonte: www.chamada.com.br


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A ARTE DO PERFUMISTA NA ALMA DO ADORADOR

Por Felipe Carlos de Lima

Disse mais o Senhor a Moisés: Toma especiarias aromáticas, estoraque, e ônica, e gálbano; estas especiarias aromáticas e incenso puro de igual peso; e disto farás incenso, um perfume segundo a arte do perfumista, temperado, puro e santo;” Êxodo 30.34-35

Segundo o Dicionário Aurélio a definição para adoração é o “culto a uma divindade; culto, reverência e veneração”. No velho testamento a palavra hebraica que define adoração é sãhãh que significa “adorar, prostra-se ou curvar-se”, já no novo testamento a palavra vem do grego (proskuneõ), “fazer mesura, fazer reverência, (formado de pros,” para” , e Kuneõ, “beijar”) todas estas definições nos leva à idéia de que devemos nos  prostrar ante à presença de Deus.

O incenso sagrado era queimado pelo sacerdote sobre o altar do incenso que ficava na tenda da congregação no lugar Santo. O sacerdote levaria brasas do altar das ofertas queimadas e espargiria o pó do incenso nas brasas de fogo e colocaria tudo no altar do incenso, pela manhã e ao anoitecer (Êx 30.7,8).Também no Dia da Expiação o sumo sacerdote deveria tomar um incensário de brasas de fogo e trazê-lo para dentro do véu,no Santo dos Santos, e aspergir o incenso sobre o fogo diante do propiciatório,como uma preparação para a aspersão do sangue sacrificial (Lv 16.12-14).

Tomando por base o texto bíblico em Êx 30.34-35 vemos quais eram as especiarias utilizadas na preparação do incenso e como a extração destas especiarias tem a ver com a disposição do coração do crente em oferecer ao Senhor uma verdadeira adoração. 

A primeira especiaria do incenso sagrado era retirada do estoraque, uma árvore pequena e muito bonita que se cobria na primavera, de folhas brancas e amarelas. O processo para extrair a fragrância desta árvore era feita através de uma pequena incisão no tronco para obter uma resina do liquido que escorria dela, este processo nos ensina de que o verdadeiro adorador precisa fazer pequenos cortes em sua alma a fim de quebrar seu orgulho, reconhecendo que é pecador e que necessita do senhor a todo o momento. 

A segunda especiaria é o gálbano,obtido da férula, uma árvore fortemente enraizada que existe na palestina. Para obter o gálbano, era necessário cortar o caule dessa árvore a fim de se obter um líquido leitoso, que uma vez endurecido formava uma resina amarelada. Esse processo nos ensina de que devemos estar diante de Deus com um coração quebrantado e contrito: “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os contritos de espírito”. (Sl. 34.18).

A terceira especiaria é a ônica. Essa especiaria era obtida através de um molusco marinho nas profundezas do mar e o processo de extração dessa especiaria nos ensina que devemos, como verdadeiros adoradores, ter uma vida de profundidade na palavra do senhor, pois é somente através do conhecimento dela que poderemos ter mais intimidade com nosso Deus.

A última especiaria é o incenso puro. A resina do incenso puro é obtida da Boswellia, uma árvore nativa do sul da Arábia. Quando a casca da mesma é retirada, aparece uma seiva chamada de “lágrimas”. Esse processo nos ensina que para sermos verdadeiros adoradores é necessário viver uma vida de oração, derramando as lágrimas da nossa alma perante o Deus todo poderoso. 

Nos dias atuais, é possível perceber que muitos cristãos associam apenas adoração com gestos e cânticos durante o culto em suas Igrejas. No entanto ao refletir a respeito da Palavra de Deus, compreendemos que adoração não se restringe apenas ao culto nas Igrejas, mas vai além, é a arte de manifestar todo nosso amor, reconhecimento, e serviço a Deus, em todos os momentos diários de nossa vida, vivendo como testemunhas do Senhor.

 E que depois desta reflexão possamos orar ao senhor e dizer, “que a minha vida possa queimar como um incenso em teu altar”.



Bibliografia:
Almeida, João Ferreira. Bíblia Sagrada. Sociedade Bíblica do Brasil. Edição revista e corrigida 2010.
Wycliffe Bible Dictionary Hendrickson Publishers, Inc. Peabody, Massachusettes, EUA, 5ªedição 2009.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

QUAL JESUS?

                                                                                
                                                                                  
Por T. A. MacMahon
                                                                          "Quisera eu me suportásseis um pouco mais na minha loucura. Suportai-me, pois. Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo. Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam corrompidas as vossas mentes, e se apartem da simplicidade e pureza devidas a Cristo. Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esses de boa mente o tolerais" (2 Coríntios 11.1-4).

"Então lhes perguntou: Mas vós, quem dizeis que eu sou? Respondendo, Pedro lhe disse: Tu és o Cristo" (Marcos 8.29).

"Irmão, eu não estou interessado em qualquer conversa sobre doutrinas que nos dividam. A única coisa que me importa saber é se alguém ama a Jesus. Se ele me diz que ama a Jesus, não me interessa a qual igreja vai; eu o considero meu irmão em Cristo." Naquele momento, não me pareceu que fosse a hora e o lugar certo para argumentar com a pessoa que dizia isso. No entanto, eu me senti compelido a fazer uma pergunta para ela antes que a conversa se encerrasse: "Quando você fala com alguém que lhe diz amar a Jesus, você nunca lhe pergunta: ‘Qual Jesus?'"

Após um breve momento de reflexão, tal pessoa me respondeu que nunca faria tal pergunta. "Não seria simpático".

Sempre que visito alguns amigos de um outro estado, há um homem que me esforço em encontrar. Ele é a alegria em pessoa, um dos homens mais amigáveis que conheço. Mesmo sendo um muçulmano consagrado, ele se declara ecumênico, e orgulha-se do fato de compartilhar algumas das crenças tanto dos judeus como dos cristãos. Ocasionalmente ele freqüenta uma igreja com um de meus amigos e de fato aprecia a experiência e a comunhão. Certa vez em um restaurante, ele estava expondo o seu amor por Jesus para mim e nossos amigos cristãos, e encerrou a sua declaração com as seguintes palavras: "Se eu pudesse rasgar a minha carne de tal maneira que todos vocês entrassem em meu coração, vocês saberiam o quanto eu amo a Jesus." Os sentimentos que envolveram suas palavras foram impressionantes; na verdade, é incomum ouvir este tipo de declaração tão devotada, até mesmo em círculos cristãos.

Estamos falando da mesma pessoa?

Voltando agora para o meu dilema inicial. Eu estava admirando a expressão de amor de meu amigo quando um pensamento preocupante tomou conta de mim: Qual Jesus? Um breve conflito mental aconteceu. Pensei se eu devia ou não lhe fazer tal pergunta. Minhas palavras, no entanto, saíram antes que minha mente tomasse uma decisão. "Fale-me sobre o Jesus que você ama." Meu amigo muçulmano nem hesitou: "Ele é o mesmo Jesus que você ama." Antes de me tornar muito "doutrinário" com meu amigo, achei que deveria mostrar-lhe como era importante definirmos se estávamos realmente falando sobre o mesmo Jesus.

Eu usei o seu vizinho, que é um grande amigo nosso, como exemplo. Ele e eu realmente amamos esse cidadão. Depois de concordarmos sobre nossos sentimentos mútuos, eu comecei a dar uma descrição das características físicas de nosso amigo comum: "Ele tem um metro e setenta de altura, é totalmente careca, pesa mais ou menos uns 150 quilos e usa um brinco em sua orelha esquerda..." Na verdade, eu não pude ir muito longe, pois logo algumas objeções foram feitas. "Espere aí... ele tem quase dois metros, eu gostaria de ter todo o cabelo que ele tem, e ele é o homem mais magro que eu conheço!" Meu amigo acrescentou que certamente não estávamos falando sobre a mesma pessoa. "Mas isto realmente faz alguma diferença?", perguntei. Ele me olhou com incredulidade. "Mas é claro que faz! Eu não tenho um vizinho que se encaixa com a sua descrição. Talvez você esteja falando de uma outra pessoa, mas não de meu bom vizinho e amigo." Então destaquei o fato de que se nós verdadeiramente aceitássemos a descrição que eu acabara de dar, certamente não estávamos falando da mesma pessoa. Ele concordou.

O Jesus que eu conheço foi crucificado e morreu na cruz pelos meus pecados
O Jesus que você conhece fez o mesmo?
A seguir continuei descrevendo o Jesus que eu conhecia. "Ele foi crucificado e morreu na cruz pelos meus pecados. O Jesus que você conhece fez o mesmo?"

"Não, Alá o levou para o céu logo antes da crucificação. Judas é quem morreu na cruz."

"O Jesus que eu conheço é o próprio Deus, que se tornou homem. O seu Jesus é assim?"

Ele negou com a cabeça e disse: "Não, Alá é o único Deus. Jesus foi um grande profeta, mas somente um homem." A discussão prosseguiu a respeito das muitas características que a Bíblia atribui a Jesus. Em quase todos os casos, meu amigo muçulmano tinha uma perspectiva diferente. Mesmo mantendo-se convencido de que ele tinha o ponto de vista correto sobre Jesus, o fato de que nossas convicções contraditórias não podiam ser reconciliadas pareceu reduzir o seu zelo em proclamar o seu amor por Jesus.

Discussão doutrinária é sectarismo?

Alguns enxergam este meu questionamento como algo não amoroso – como uma prova do sectarismo que a discussão doutrinária produz. Eu o vejo como uma tentativa de clarear o caminho para que meu amigo tenha um relacionamento genuíno com o único Salvador verdadeiro, o nosso Senhor Jesus Cristo – não com alguém que ele ou outros homens, intencionalmente ou não, têm imaginado ou inventado.

Doutrinas, simplesmente, são ensinamentos. Elas podem ser verdadeiras ou falsas. Uma doutrina verdadeira não pode ser divisiva de maneira prejudicial; esta característica se aplica somente a ensinos falsos. "Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles" (Rm 16.17; veja também Rm 2.8-9). Jesus, que é a Verdade, só pode ser conhecido em verdade e somente por aqueles que buscam a verdade (Jo 14.6; 18.37; 2 Ts 2.13; Dt 4.29). O próprio Cristo causou divisão (Mt 10.35; Jo 7.35; 9.16; 10.19), divisão entre a verdade e o erro (Lc 12.51).

"Qual Jesus?" é uma pergunta importantíssima para todo crente em Cristo. Nós deveríamos primeiro nos questionar, testar nossas próprias crenças sobre Jesus (2 Co 13.5; 1 Ts 5.21). Incompreensões sobre o Senhor inevitavelmente se tornam obstáculos em nosso relacionamento com Ele. A avaliação também pode ser vital com respeito à nossa comunhão com aqueles que se dizem cristãos. Recentemente, durante uma rápida viagem aérea, um dos meus amigos, preocupado o suficiente, fez algumas perguntas cruciais à pessoa próxima a ele sobre o relacionamento dela com Jesus. Mesmo tendo confessado ser um cristão, participando há quatro anos de uma comunidade cristã, essa pessoa na verdade não conhecia a Jesus nem entendia o evangelho da Salvação. Meu amigo o levou ao Senhor antes que o avião aterrizasse.

 A "unidade cristã"

Nós deveríamos primeiro nos questionar, testar nossas 
próprias crenças sobre Jesus
Com muita freqüência, frases parecidas com "nós teremos comunhão com qualquer um que confessar o nome de Cristo", estão sensivelmente impregnadas de camuflagens ecumênicas. O medo de destruir a unidade domina os que levam a sério este tipo de propaganda antibíblica, até mesmo ao ponto de desencorajar qualquer menor interesse em lutar pela fé. Surpreendentemente, "a unidade cristã" agora inclui a colaboração para o bem moral da sociedade com qualquer seita "que confessa o nome de Jesus."




"Jesus", o irmão de Lúcifer

Os ensinamentos heréticos sobre Jesus incluem todo tipo inimaginável de idéias sem base bíblica. O "Jesus Cristo" dos mórmons, por exemplo, não poderia estar mais longe do Jesus da Bíblia. O Jesus inventado por Joseph Smith, que a seguir inspirou o nome de sua igreja, é o primeiro filho de Elohim, tal como todos os humanos, anjos e demônios são filhos espirituais de Elohim. Este Jesus mórmon se tornou carne através de relações físicas entre Elohim (Deus, o Pai, o qual tinha um corpo físico) e a virgem Maria. O Jesus mórmon é meio-irmão de Lúcifer. Ele veio à terra para se tornar um deus. Sua morte sacrificial dará imortalidade para qualquer criatura (incluindo animais) na ressurreição. No entanto, se uma certa criatura, individualmente, vai passar a sua eternidade no inferno ou em um dos três céus, isto fica por conta de seu comportamento (incluindo o comportamento dos animais).

"Jesus", uma idéia espiritual

O Jesus Cristo das seitas da ciência da mente (Ciência Cristã, Ciência Religiosa, Escola Unitária do Cristianismo, etc.) não é diferente de qualquer outro ser humano. "Cristo" é uma idéia espiritual de Deus e não uma pessoa. Jesus nem sofreu nem morreu pelos pecados da humanidade, porque o pecado não existe. Ao invés disto, ele ajudou a humanidade a desacreditar que o pecado e a morte são fatos. Esta é a "salvação" ensinada pela tal Ciência Cristã.

"Jesus ", o arcanjo Miguel

Há quem diga que, antes de nascer nesta terra, 
Jesus era Miguel, o  Arcanjo
As Testemunhas de Jeová também amam a Jesus, mas não o Jesus da Bíblia. Antes de nascer nesta terra, Jesus era Miguel, o Arcanjo. Ele é um deus, mas não o Deus Jeová. Quando o Jesus deles se tornou um homem, parou então de ser um deus. Não houve ressurreição física do Jesus dos Testemunhas de Jeová; Jeová suscitou o seu corpo espiritual, escondeu os seus restos mortais, e agora, novamente, Jesus existe como um anjo chamado Miguel. A Bíblia promete que, ao morrer um crente em nosso Senhor e Salvador, a pessoa imediatamente estará com Jesus (2 Co 5.8; Fp 1.21-23). Com o Jesus deles, no entanto, somente 144.000 Testemunhas de Jeová terão este privilégio – mas não depois da morte, porque eles são aniquilados quando morrem. Ou seja, eles gastam um período indefinido em um estado inativo e inconsciente; de fato deixam de existir. Minha comunhão com Jesus bíblico, no entanto, é inquebrável e eterna.

"Jesus", ainda preso numa cruz

Os católicos romanos também amam a Jesus. Eu também o amei da mesma forma durante vinte e poucos anos de minha vida, mas ele era muito diferente do Jesus que eu conheço e amo agora. Algumas vezes ele era apenas um bebê ou, no máximo, um garoto protegido pela sua mãe. Quando queria a sua ajuda eu me assegurava rezando primeiro para sua mãe. O Jesus para quem eu oro hoje já deixou de ser um bebê por quase 2000 anos. O Jesus que eu amava como católico morava corporalmente em uma pequena caixa, parecida com um tabernáculo que ficava no altar de nossa igreja, na forma de pequenas hóstias brancas, enquanto que, simultaneamente, morava em milhões de hóstias ao redor do mundo. Meu Jesus, na verdade, é o Filho de Deus ressuscitado corporalmente; Ele não habita em objetos inanimados.

O Jesus dos católicos romanos que eu conhecia era o Cristo do crucifixo, com seu corpo continuamente dependurado na cruz, simbolizando, de forma apropriada, o sacrifício repetido perpetuamente na missa e a Sua obra de salvação incompleta. Aproximadamente há dois milênios, o Jesus da Bíblia pagou totalmente a dívida dos meus pecados. Ele não necessita mais dos sete sacramentos, da liturgia, do sacerdócio, do papado, da intercessão de Sua mãe, das indulgências, das orações pelos mortos, do purgatório, etc. para ajudar a salvar alguém. Os católicos romanos dizem que amam a Jesus, mesmo quando se chamam de católicos carismáticos, católicos "evangélicos", ou católicos renascidos, mas na verdade eles amam um Jesus que não é o Jesus bíblico. Ele é "um outro Jesus".

"Jesus", o bilionário

Até mesmo alguns que se dizem evangélicos promovem um Jesus diferente. Os chamados pregadores do movimento da fé e da prosperidade promovem um Jesus que foi materialmente próspero. De acordo com o evangelista John Avanzini, cujas roupas chiques refletem o seu ensino, Jesus vestia roupas de marca (uma referência à sua capa sem costura) semelhantes às vestidas por reis e mercadores ricos. Usando uma argumentação distorcida, um pregador do sucesso chamado Robert Tilton declarava que ser pobre é pecado, e já que Jesus não tinha pecado, então, obviamente, ele devia ter sido extremamente rico. O pregador da confissão positiva Fred Price explica que dirige um Rolls Royce simplesmente porque está seguindo os passos de Jesus. Oral Roberts sustenta a idéia de que, pelo fato de terem tido um tesoureiro (Judas), Jesus e Seus discípulos deviam ter muito dinheiro.

O "Jesus" do movimento da fé e das igrejas psicologizadas

Para muitos, Jesus morreu na cruz para nos assegurar
uma auto-estima positiva.
Além da pregação sobre um Cristo que era materialmente rico, muitos pregadores do movimento da fé, tais como Kenneth Hagin e Kenneth Copeland, proclamam um Jesus que desceu ao inferno e foi torturado por Satanás a fim de completar a expiação pelos pecados dos homens. Este não é o Jesus que eu conheço e amo.

O Jesus de Tony Campolo habita em todas as pessoas. O televangelista Robert Schuller apresenta um Jesus que morreu na cruz para nos assegurar uma auto-estima positiva. Para apoiar sua tese sobre Jesus, psicólogos cristãos e numerosos pregadores evangélicos dizem que Sua morte na cruz prova o nosso valor infinito para com Deus e que isto é a base para nosso valor pessoal. Não somente existe uma variedade enorme de "jesuses" que promovem o ego humano hoje em dia, como também estamos ouvindo em nossas "igrejas" psicologizadas que a verdade sobre Jesus pode não ser tão importante para o nosso bem psicológico do que nossa própria percepção sobre Ele. Esta é a base para o ensino atual do integracionista psicoespiritual Neil Anderson e outros que promovem técnicas não-bíblicas de cura interior. Eles dizem que nós devemos perdoar Jesus pelas situações passadas, nas quais nós sentimos que Ele nos desapontou ou nos feriu emocionalmente. Mas, qual Jesus?

Conclusão

A comunhão com Jesus é o coração do Cristianismo. Não é algo que meramente imaginamos, mas é uma realidade. Ele literalmente habita em todos que colocam nEle a sua fé como Senhor e Salvador (Cl 1.27; Jo 14.20; 15.4). O relacionamento que temos com Ele é ao mesmo tempo subjetivo e objetivo. Nossas experiências pessoais genuínas com Jesus estão sempre em harmonia com a Sua Palavra objetiva (Is 8.20). O Seu Espírito nos ministra a Sua Palavra, e este conhecimento é o fundamento para nossa comunhão com Ele (Jo 8.31; Fp 3.8). Nosso amor por Ele é demonstrado e aumenta através de nossa obediência aos Seus mandamentos; nossa confiança nEle é fortalecida através do conhecimento do que Ele revela sobre Si mesmo (Jo 14.15; Fp 1.9). Jesus disse: "Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz" (Jo 18.37). Na proporção em que nós crentes aceitarmos falsas doutrinas sobre Jesus e Seus ensinamentos, também minaremos nosso relacionamento vital com Ele.

Nada pode ser melhor nesta terra do que a alegria da comunhão com Jesus e com aqueles que O conhecem e são conhecidos por Ele. Por outro lado, nada pode ser mais trágico do que alguém oferecer suas afeições para outro Jesus, inventado por homens e demônios. Nosso Senhor profetizou que muitos cairiam na armadilha daquela grande sedução que viria logo antes de Seu retorno (Mt 24.23-26). Haverá muitos que, por causa de sinais e mqualaravilhas, como são chamados, feitos em Seu nome, se convencerão de que conhecem a Jesus e O estão servindo. Para estes, um dia, Ele falará estas solenes palavras: "...Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade" (Mt 7.23). Mesmo que sejamos considerados divisivos por perguntarmos "Qual Jesus?", entendam que este pode ser o ministério mais amoroso que podemos ter hoje em dia. Porque a resposta desta pergunta traz conseqüências eternas.

Fonte: http://www.chamada.com.br/mensagens/qual_jesus.html

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A GRANDE COMISSÃO

     Em nossos dias a Igreja parece viver uma crise de identidade. O que é ser Igreja? Evangelismo e discipulado estão em conflito. Os muitos recursos utilizados para a propagação da mensagem do evangelho não estão atingindo os objetivos com integralidade. A Igreja tem conquistado críticos vorazes. As realizações espetaculares acabam por tirar a essência e a força da mensagem de salvação. Estamos perdendo o foco. Diante de tantos eventos empreendidos temos conseguido cumprir o "ide" de Cristo? A igreja tem materializado as coisas espirituais. Precisamos voltar urgentemente ao modelo estabelecido por Jesus que está contido na sua Santa Palavra.

Vejamos o vídeo:


sábado, 19 de novembro de 2011

O CRISTÃO E A ANSIEDADE

Por Francimar Araujo

Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? (Mt 6.31)

A inquietude é a característica de alguém que não tem sossego. Uma pessoa que vive agitada pelas incertezas da vida. Aquele que vive perturbado pelas dúvidas e que não consegue descansar. Um ser humano inquieto não tem paz, mas está o tempo todo em conflito. Essa inquietude pode ser entendida como a ansiedade. A ansiedade faz parte da constituição biológica do homem e é desencadeada quando nos sentimos em perigo, seja ele real ou imaginário. Essa característica natural produz em nós inúmeras sensações físicas: taquicardia, transpiração, fobias, dores no peito, boca seca, etc. A ansiedade contribui de um certo modo para a nossa preservação. O problema da ansiedade é quando ela passa a nos controlar, ou seja, quando momentos de ansiedade se convertem numa vida ansiosa. 

Há pessoas que desenvolvem problemas psicológicos sérios decorrentes da ansiedade como: depressão, síndrome do pânico, complexo de inferioridade, fobia social etc. As chamadas doenças psicossomáticas também podem ser desenvolvidas por pessoas extremamente ansiosas. Foi contra essa inquietude descontrolada e infundada que Jesus alertou os seus discípulos e os consolou com suas palavras. 

A ansiedade é um mal do século, mas é incompatível com o cristianismo. O vocábulo em grego para o termo inquieto ou ansioso é: merinmnaõ. O alerta do Senhor Jesus era para que os seus seguidores não estivessem inquietos a ponto de perderem o foco. A ansiedade pode converter-se em medo. O medo tem o poder de nos paralisar e nos fazer desistir. Cristãos ansiosos são confundidos com aqueles que não conhecem a Deus. Enquanto todos vivem uma vida de ansiedade o crente descansa no cuidado do Senhor. Quando somos ansiosos duvidamos do amor de Deus por nós. A nossa ansiedade desacredita do poder e da sabedoria do nosso Deus. O cristão que vive inquieto erra ao estabelecer as prioridades do Eterno Senhor para sua vida. 

O nosso Senhor não está incentivando uma vida de procrastinação e comodismo, mas combatendo a busca desenfreada por bens materiais. Quando fazemos do nosso corpo um Senhor e não um servo não estamos cumprindo o propósito de Deus para nossa vida. 

Em certa ocasião, Jesus estava numa aldeia e uma mulher chamada Marta que tinha uma irmã cujo nome era Maria o recebeu juntamente com seus discípulos em sua casa (Lc 10.38-42). Enquanto Maria está ouvindo os ensinos do Senhor, Marta serve compulsivamente. Marta critica sua irmã, pois enquanto trabalhava duramente, Maria escutava o Mestre. Jesus repreende Marta e diz que ela anda ansiosa, mas elogia sua irmã.   Marta recebe um alerta, porque a  sua vida de ansiedade a fez perder o foco. Ela não discerniu suas reais necessidades e se preocupou com coisas efêmeras. Maria escolheu a melhor parte. A nossa inquietude nos leva a fazermos escolhas erradas e precipitadas. Marta representa aqueles que convidam Jesus, mas se ocupam com as coisas. Maria se ocupa primeiramente com o Senhor. Essa parte nunca será tirada. Deus permite que fiquemos sem muitas coisas, mas nunca sem sua presença. Antes de realizarmos algo para o Senhor Jesus precisamos estar aos seus pés para que não fiquemos como "Martas", orgulhosas porque fazemos muitas tarefas. Jesus valoriza a nossa afeição acima do serviço.

Podemos ser atacados pela ansiedade, mas a boa notícia é que temos uma arma eficaz contra este mal: a oração. Vejamos o que diz o apóstolo Paulo: "Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças" (Fp 4.6). Para vencermos a ansiedade seja qual for a sua origem precisamos nos achegar a Deus em oração. A oração nesse versículo fala de um relacionamento com o Senhor. É a busca da intimidade com Deus, e esse conhecimento do Senhor me livra da ansiedade. A súplica aponta para as nossas petições propriamente, mas são pedidos realizados numa posição de reverência e humildade reconhecendo o senhorio de Deus. Cultivando uma vida de gratidão estaremos sempre dando a glória ao Senhor, sabendo que as conquistas são respostas das nossas orações e súplicas. Alguém disse sobre este versículo: "Ansioso por nada, orando por tudo e agradecido por qualquer coisa".

Quando vivemos ansiosos pelo o amanhã, não conseguimos realizar a vontade de Deus hoje.





quinta-feira, 17 de novembro de 2011

PAZ, TÃO DOCE PAZ

Por Hernandes Dias Lopes

A paz é o sonho de consumo de todo ser humano. O homem busca a paz em todos os lugares, por todos os meios e até faz guerras para alcançá-la. As religiões prometem a paz. O dinheiro tenta comprá-la. Os prazeres desta vida oferecem-na como cardápio do dia. Mas, o que é a paz? Onde encontrar a paz? Como podemos recebê-la? Precisamos primeiramente entender que a verdadeira paz não é quietude ou meditação transcendental nem uma incursão pelos labirintos da nossa alma. Não alcançamos a paz cavando os poços de nosso próprio coração. Ainda precisamos entender que a paz não é ausência de problemas. Não é paz de cemitério. A verdadeira paz coexiste com a dor, é temperada com as lágrimas, e estende suas raízes no solo duro do sofrimento. Vamos, agora, tratar de dois aspectos da verdadeira paz.

1. A paz com Deus - O homem é um ser rebelado contra Deus. Toda a inclinação do nosso coração está contra Deus. Somos, por natureza, inimigos de Deus. Não nos deleitamos em Deus nem temos prazer em obedecer a sua lei. Apesar de termos virado as costas para Deus, Deus jamais desistiu de nós. Ao contrário, amou-nos com amor eterno e buscou-nos com desvelo singular. Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo. Foi Deus e não o homem quem tomou a iniciativa da reconciliação. O homem cavou abismos no seu relacionamento com Deus, mas Deus construiu uma ponte segura para reatar esse relacionamento. Jesus veio ao mundo como nosso mediador, representante e fiador e morreu na cruz pelos nossos pecados a fim de reconciliar-nos com Deus. Fomos justificados. Nossa dívida foi paga. Estamos quites com a lei de Deus. A justiça de Deus foi satisfeita. Agora não há mais barreira entre nós e Deus. Fomos reconciliados com Deus. Agora temos paz com Deus. A paz com Deus fala de relacionamento restaurado. Não somos mais réus, mas filhos. Não somos mais estranhos, mas amigos. Não estamos mais distantes, fomos aproximados. Não estamos mais em guerra contra Deus, agora temos paz com Deus. A paz com Deus não é alcançada por aquilo que fazemos para Deus, mas por aquilo que Deus fez por nós. Não obtemos essa paz pelo nosso sacrifício, mas pelo sacrifício de Cristo na cruz por nós.

2. A paz de Deus - Se a paz com Deus fala de relacionamento, a paz de Deus fala de sentimento. A paz de Deus é consequência direta da paz com Deus. É impossível experimentar a paz de Deus sem primeiro conhecer a paz com Deus. A paz com Deus é a causa, a paz de Deus é a consequência. A paz com Deus é operada fora de nós, no tribunal de Deus; a paz de Deus é experimentada dentro de nós, em nossa mente e coração. A paz com Deus tem a ver com nossa posição aos olhos de Deus no céu; a paz de Deus tem a ver com nossa intimidade com Deus na terra. A paz de Deus é uma sentinela ao redor da nossa mente e do nosso coração livrando-nos da ansiedade. É uma muralha divina que protege nossa razão e nossa emoção dos temores que rondam a nossa alma. É desfrutar de uma doce paz no meio do vale escuro. É ter uma mente segura e um coração sereno mesmo na tempestade borrascosa. É confiar plenamente em Deus, mesmo que o mundo ao nosso redor se transtorne. É viver com o coração no céu, mesmo que os nossos pés sejam feridos na terra. A paz de Deus não é uma paz química, que se compra na farmácia. Não é uma viagem para o interior do nosso coração pelas vias da meditação transcendental. Não é o produto de técnicas psicológicas nem o fruto de processos místicos, mas o resultado de orarmos, pensarmos e agirmos corretamente. Aqueles que têm paz com Deus podem e devem experimentar a paz de Deus. Aqueles que foram reconciliados com Deus por meio de Cristo, já estão livres da condenação diante do tribunal de Deus e devem estar livres de toda ansiedade e temor diante das lutas da vida. Oh, paz, tão doce paz! Oh, consolo sem par! Oh, ventura sem igual!

Fonte: http://www.hernandesdiaslopes.com.br/2011/09/paz-tao-doce-paz/

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

COMO GLORIFICAR A DEUS NO TRABALHO

Por John Piper
     
     Após duas semanas na Austrália, finalmente estou em casa. Estou transbordando de gratidão a Deus por Seus servos que lá estão, e pelo prazer de trabalhar juntamente com eles em Brisbane, Sidney e nas montanhas de Katoomba.

    Uma das conferências intitulava-se Comprometidos e era destinada aos “jovens trabalhadores”, o que, em seu dialeto, significa jovens profissionais em ambiente de trabalho. Perguntaram-me, em uma entrevista, se considerava o foco desta conferência uma boa ideia. Respondi que sim, pois 1 Coríntios 10:31 diz: “ Portanto,quer comais quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.”

     Então perguntaram: Como jovens trabalhadores podem glorificar a Deus no trabalho?  E eis a essência de minha resposta:

     Dependência - Vá para o trabalho totalmente dependente de Deus (Provérbios 3: 5-6; João 15:5). Sem o Senhor, você não pode sequer respirar, mover-se, pensar, sentir ou falar. Sem mencionar ser espiritualmente influente. Levante-se pela manhã e deixe que Deus saiba de seu desespero por Ele. Ore clamando por ajuda.

     Integridade - Seja absoluta e meticulosamente honesto e merecedor de confiança em seu trabalho. Seja pontual. Pague o justo pelo dia de trabalho. “Não furtarás”. Muitas pessoas roubam seus empregadores tanto com sua indolência quanto com o roubo do dinheiro em caixa.

     Habilidade - Seja bom naquilo que faz. Deus lhe agraciou não apenas com integridade, mas também, dando-lhe dons, habilidades. Valorize este dom e seja um bom administrador destas habilidades. O aperfeiçoamento nestas técnicas se constrói na dependência e na integridade.

     Moldando ao grupo - À medida em que você se tronar influente e oportuno,  molde a imagem de seu trabalho, de forma que as estruturas, políticas, expectativas e objetivos do mesmo sejam compatíveis com as de Cristo. Por exemplo, alguém está moldando a imagem deste restaurante chamado Chick-fil-A através deste vídeo (colocar link).

     Impacto - Almeje ajudar à sua empresa a impactar de maneira construtiva ao ser e não destrutiva à alma. Algumas indústrias possuem um impacto destrutivo (como por exemplo, indústrias pornográficas, de apostas, aborto, trapaças, etc.). Entretanto, é possível ajudar muitas empresas a caminharem em uma direção que lhes propicie vida, sem arruinar a alma. Assim que tiver a oportunidade, trabalhe para isso.

     Comunicação - Locais de trabalho são uma rede de relacionamentos. Estes só são possíveis através da comunicação. Introduza sua cosmovisão cristã às conversas do dia-a-dia. Não esconda sua luz debaixo de uma cesta de lixo. Coloque-a em evidência naturalmente, alegremente e de maneira cativante. ‘os que amam a tua salvação digam sempre: O Senhor seja magnificado!’ (Salmos 40:16)

     Amor - Sirva aos outros. Seja aquele que se dispõe primeiro a comprar a pizza, a dar carona, organizar o picnic. Desperte o interesse das outras pessoas no trabalho. Seja conhecido como aquele que se importa não apenas com as histórias alegres de fim de semana, mas com os fardos das pesadas e dolorosas manhãs de Segunda-feira. Ame seus colegas de trabalho e apresente a eles o grande Carregador de fardos.

     Dinheiro - O trabalho é o lugar onde você ganha (e gasta) dinheiro, sendo o mesmo inteiramente de Deus, e não seu. Você é um administrador. Transforme seu salário em uma enxurrada de generosidade na qual você administra o dinheiro pertencente a Deus. Não trabalhe para ganhar e assim, ter. Trabalhe para ganhar e assim ter o que dar e investir em obras que exaltem a Cristo. Faça com que seu dinheiro anuncie a Cristo como seu tesouro supremo.

     Agradeça - Sempre dê graças a Deus pela vida, saúde, pelo trabalho e por Jesus. Seja uma pessoa grata no trabalho. Não esteja entre os que reclamam. Deixe que sua gratidão a Deus superabunde em um espírito humilde de gratidão a outros. Seja conhecido como alguém cheio de esperança, humilde e grato.

     Há muitas outras coisas a dizer sobre glorificar a Deus no ambiente de trabalho. Mas isto é o começo. Adicione-as à lista à medida em que Deus lhe mostrar. A questão é: O que quer que faça, o que quer que coma, beba ou onde trabalhe, faça tudo para que Deus pareça tão grande quanto Ele verdadeiramente é.


Fonte: http://www.blogfiel.com.br/2011/11/como-glorificar-a-deus-no-trabalho.html

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A MAIOR ESPERANÇA DA IGREJA

Por Francimar Araujo

O Novo Testamento tem 260 capítulos e há quase 300 referências a respeito da volta do Senhor Jesus. Isso nos mostra que um dos assuntos mais abordados no Cânon Neotestamentário é a volta de Cristo. A comunidade dos cristãos primitivos tinha a convicção deste acontecimento e esses crentes viviam as suas vidas de forma que a volta de Jesus fosse o evento mais aguardado para as suas almas. Para aqueles que viveram no primeiro século da Era Cristã a volta de Cristo era o agente motivador de suas ações. Eles evangelizaram praticamente todo o mundo conhecido de sua época, pois tinham a convicção de que Jesus voltaria a qualquer momento, por isso não queriam que ninguém deixasse de ouvir a mensagem de salvação.

A volta de Cristo tornou-se a principal causa impulsionadora da expansão do Evangelho no século primeiro. Nosso Senhor sempre alertou os seus discípulos acerca deste episódio e os incentivou a aguardá-lo independentemente do tempo transcorrido. A esperança dos seus seguidores deveria estar alicerçada em suas palavras. As palavras de Cristo jamais passariam. A Igreja primitiva esperava ardentemente o momento em que o Seu mestre iria buscá-la para estar eternamente com Ele. A Bíblia se encerra com a promessa do Senhor Jesus de vir buscar a sua amada igreja. 

A última promessa das Sagradas Escrituras é a certeza da volta de Cristo. Assim diz o penúltimo versículo do Livro Sagrado: "Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus." Ap 22.20. A volta de Cristo é um acontecimento que faz parte do cronograma divino, embora não saibamos o dia de sua vinda, temos, pelas Sagradas Escrituras, a convicção de que ela é certa e literal. A segunda vinda de Cristo ou Parousia (I Ts 4.15), que é divida em duas fases, a saber: A primeira invisível para o mundo, na qual Cristo arrebatará (Harpazo - I Ts 4.17) a sua Igreja e a segunda visível para todo o mundo, onde Jesus virá (Epiphaneia - I Tm 6.14) com sua Igreja para estabelecer o seu Reino de mil anos na terra, tem sofrido ataques desde o início da Igreja. 

O apóstolo Pedro defendeu a promessa da segunda vinda de Cristo em sua segunda epístola, pois já havia em sua época uma corrente que não acreditava mais neste evento como podemos ver no texto:  "Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação." II Pe 3.3,4. 

Jürgen Moltmann
A Teologia Contemporânea e liberal, que tem como um de seus representantes o teólogo reformado alemão Jürgen Moltmann, também ataca e desacredita da doutrina bíblica que defende a volta de Cristo. Segundo Moltmann, em seu livro intitulado Teologia da Esperança, a volta de Jesus Cristo não será real e portanto não trará a solução para todos problemas existentes no mundo quando do estabelecimento do Reino de Deus na terra pelo Seu Filho Jesus, mas segundo este teólogo a segunda vinda do Senhor Jesus é uma utopia que tem a finalidade de nos motivar a sermos, nós mesmos, os agentes que irão transformar por completo a sociedade. Apesar de termos a nossa responsabilidade como cidadãos do reino, a "Teologia da Esperança" ao considerar o retorno de Cristo como uma "Utopia", revela a sua total falta de comprometimento com a exegese bíblica e ignora muitas referências relativas a segunda vinda de Jesus como por exemplo: Jo 14.1-3; At 1.11; 1 Ts 4.16,17; Tt 2.13; Ap 22.20, etc.

O retorno do Nosso Senhor Jesus é de fundamental importância para o cumprimento de inúmeras profecias, bem como a instauração do Seu Reino de Justiça  que terá a duração de mil anos (SI 2.8; 24.7,8; Is 9.7; 11.6-10; 35.1,2; 61.3; Jr 23.5,6; Mq 4.3-5; Zc 9.10 Ap 20.1-3, 7-10). 

Em nossos dias a volta do nosso Senhor Jesus tem sido um assunto negligenciado nos púlpitos das igrejas evangélicas. Falta-nos verdadeiros arautos comprometidos e que não alteram a mensagem genuína da Bíblia Sagrada e que não estão buscando a glória efêmera dos homens. O apóstolo Paulo descreve a segunda vinda de Cristo como uma bem-aventurada esperança (Tt 2.13), mas vemos que os cristãos pós-modernos estão trocando a gloriosa esperança do retorno de Jesus por sonhos materialistas e humanistas. A noiva do Cordeiro tem sido seduzida por "novas teologias" que tentam iludi-la e roubar o seu coração.

Jesus sabia que não seria fácil para sua Amada Igreja aguardá-lo, pois sofreria vários ataques e enfrentaria muitas oposições caso quisesse permanecer firme esperando o retorno do Seu Amado Senhor. Os inimigos sãos numerosos: tempo, frieza espiritual, falsos profetas, materialismo, mestres espúrios e a busca desenfreada pela realização de sonhos que na maioria das vezes não fazem parte dos planos de Deus, mas que refletem um sentimento egoísta são alguns  dos perigos que matam a esperança e tiram o ardente desejo que a Igreja deve conservar de ver a volta de Seu Rei e Senhor.

No Evangelho Sinótico escrito por Mateus, Jesus por meio de três parábolas a saber: Os dois servos, As dez virgens e Os talentos (Mt 24.45-51; 25.1-30), falou sobre a importância de seus discípulos estarem sempre alertas e vigilantes aguardando a sua vinda com responsabilidade.

Na segunda parábola utilizada pelo Senhor Jesus, Ele fala sobre dez virgens que estão aguardando o noivo para a celebração de uma cerimônia de casamento. Utilizando de um acontecimento especial e que faz parte de todas as civilizações, Jesus traz alguns ensinamentos e alertas para o seu povo com relação a sua volta.
É necessário um conhecimento cultural para entendermos como era realizado o casamento e quais os personagens envolvidos e suas participações no evento.

Além dos noivos, havia dois grupos principais: Os companheiros ou amigos do noivo, que ocupavam um lugar de honra e tinham como primeira tarefa formarem o cortejo além de carregarem a noiva numa liteira até o local onde seria realizado o casamento. O segundo grupo de destaque era o formado pelas damas de companhia da noiva que tinham a tarefa de acompanharem a prometida quando esta fosse  receber o noivo. Esse segundo grupo é representado pelas dez virgens da parábola. Devido às altas temperaturas os casamentos eram realizados a noite. O noivo saía de sua residência e num grande cortejo acompanhado por muita música e festa seguia até a casa da noiva que aguardava ansiosamente este momento.

As virgens que acompanhavam a noiva tinham que portar lamparinas que iluminariam o caminho e davam um lindo visual ao séquito. Essas lâmpadas eram obrigatórias e deveriam ser usadas durante todo o trajeto. Não podiam ser grandes para facilitar a portabilidade, mas gerava um problema que era a pouca autonomia. As moças deveriam carregar um reservatório de azeite, pois se tardasse o noivo elas não ficariam com suas luzes apagadas. Bem diferente do ocidente nessa cerimônia a noiva espera o noivo e a tradição faz com que o noivo demore para chegar. Ao chegar na casa da noiva, o noivo é recebido com honras pelas acompanhantes da noiva e o lindo cortejo prossegue para o local onde será realizado o casamento, as pessoas trazem na mão um ramo de murta, os músicos tocam alegremente e a multidão festeja com canções. Quando chegam ao local, devido às altas horas, a porta é fechada e a casa se enche de comunhão e alegria.
Esse é o contexto histórico e cultural que envolve a parábola das Dez Virgens. Mas quais os ensinamentos que o Mestre Jesus queria transmitir a sua Igreja quando a proferiu?

A principal mensagem dessa parábola é sobre a prontidão. As virgens deveriam estar preparadas, pois mesmo se o noivo tardasse não seriam surpreendidas. As dez representam a Igreja em sua totalidade, pois o número dez simboliza a inteireza. São dez os mandamentos da Lei. Contamos dez dedos nas duas mãos. No mínimo dez pessoas eram necessárias para uma reunião da sinagoga. A décima parte pertence a Deus. São dez as cordas da harpa. Dez ofensas esgotam a paciência. Dez pães bastam para uma viagem. Dez foram as pragas do Egito. A besta do Apocalipse tinha dez chifres. O objetivo de Jesus é dizer que as dez virgens representam a comunidade dos crentes. Quando Cristo voltar os fiéis farão parte de um dos dois grupos. Não existe meio termo. Algo interessante é o fato de todas as donzelas adormecerem. As prudentes dormiram assim como as néscias. Nosso Senhor não as critica por terem dormido mas por estarem desprovidas do azeite necessário para abastecer as lamparinas. As cinco moças demostraram a sua prudência quando se mostraram preparadas quando foi preciso. Elas descansaram e adormeceram mas não se esqueceram de levarem a reserva de azeite. A figura do Óleo nos aponta para algo imprescindível e insubstituível, o Espírito Santo. A falta do azeite fala da igreja sem espiritualidade, sem combustível, sem luz. Uma igreja que não tem poder para desempenhar sua missão na terra, uma igreja que não tem o penhor da herança e que não está selada por isso é indigna de entrar no Céu. 

Percebemos na parábola que as dez virgens tinham as suas lâmpadas acesas, mas no final apenas cinco conseguiram manter as lamparinas vivas. Entendemos que é possível começar no Espírito, mas depois perdermos a espiritualidade e não termos o poder de testemunharmos, pois é a presença do Espírito que dá ao cristão as condições de vencer o mundo. Quando é anunciada a chegada do noivo as cinco virgens prudentes limpam os pavios, para que as lâmpadas dessem uma luz forte e adicionam o óleo indo ao encontro do noivo que as recebe para as bodas. As cinco tolas foram desesperadas em busca de azeite. Tarde demais. Não havia mais tempo. Clamam pelo noivo e o chamam de Senhor, mas ouvem um solene "não vos conheço".

Jesus não marcou uma data para sua vinda e muitos erram em apontar um dia para tal acontecimento. Ele nos deixou avisos e falou acerca de sinais que antecederiam o seu retorno. Diante de todas essas explanações qual a nossa responsabilidade? Sempre que encontramos no Novo Testamento uma referência da volta de Cristo há solenes exortações e admoestações que nos falam de um assunto que simboliza a prudência das cinco virgens que é a Santificação. A nossa preocupação deve estar na maneira como aguardamos a volta de Jesus. Mas a nossa busca pela santificação só será plena quando o nosso coração estiver plenamente desejoso de estar com o Senhor. Quando a nossa maior esperança for o arrebatamento da Igreja. Não sabemos a hora que o nosso Senhor irá voltar, mas podemos vigiar e santificar a nossa vida para que estejamos preparados na sua vinda.

"Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor". Hb 12.14

 Maranata!





             

UM CHAMADO PARA A ANGÚSTIA

       Uma mensagem impactante e confrontadora. O nosso coração será tocado pelas palavras de um homem que  neste sermão deixou transparecer a voz da sua alma. Deus nos incomodará e fará com que pensemos se estamos vivendo um evangelho genuíno alimentado pelo Poder do Espírito Santo ou se estamos buscando sempre os nossos prazeres acima de todas as coisas.


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

CONHEÇA SEUS ÍDOLOS

Por Mark Driscoll          

        Porque nós somos criados à imagem de Deus, todos estamos sempre, sem exceção, refletindo Deus ou um deus. Se não refletirmos nosso Criador para nossa restauração, então refletiremos a criação para a nossa ruína.

Você é o que você come

         Isso explica porque um dos temas recorrentes da Bíblia é que os ídolos são surdos, mudos e estúpidos, e, por isso, são idólatras  os que não escutam Deus, não falam com Deus ou não vêem Deus espiritualmente. Talvez o relato mais lendário de idolatria em toda a Escritura é a adoração ao bezerro de ouro, em Êxodo 32. Lá o povo de Israel é retratado com escárnio como rebanho rebelde porque adorou um bezerro e então se tornou como ele. Assim como uma vaca teimosa que reluta em ir na direção certa, o povo idólatra de Israel é “obstinado” (Êxodo 32.9; 33.3, 5; 34.9; Deuteronômio 9.6; 10.16; 31.27).

Buscamos a idolatria naturalmente

          A idolatria teve início com nosso primeiro pai, Adão. Porque Adão estava comprometido com algo além de Deus, ou seja, com ele mesmo, foi culpado de idolatria. Além disso, Adão coloca em movimento o curso da história em que a mais comum criatura idolatrada por nós somos nós mesmos; vivemos por nós mesmos e por nossa própria glória, o que é, na verdade, nossa vergonha, priorizada acima de Deus.
Nos Evangelhos, o ídolo que é reverenciado pelos Judeus e renunciado por Jesus é a religião. Embora não haja muitas referências explícitas à idolatria Judaica nos Evangelhos, G. K. Beale argumenta que é claro que a geração de judeus na época de Cristo foi no mínimo tão cheia de pecado quanto seus antepassados: “A nação judaica se orgulhava pelo fato de que eles não eram como as nações que se curvavam diante de imagens de pedra ou madeira. O que também é claro é que a maioria dos israelitas era no mínimo tão pecadora quanto seus antepassados, especialmente porque crucificaram o Filho de Deus (Mateus 23.29-38)”. Israel adorou mais a sua tradição morta do que o Deus vivo de acordo com sua Palavra viva. Se não refletirmos nosso Criador para nossa restauração, então refletiremos a criação para a nossa ruína.

Um prédio não deve ser seu ídolo

           Passando para o livro de Atos, Lucas apresenta o fato de que o templo, na verdade, tornou-se um ídolo para o Israel teocrático. Jesus expôs essa idolatria quando disse que ele destruiria o templo. Em vez de deixar Jesus destruir o templo, os líderes religiosos escolheram, ao contrário, destruir Jesus. Eles preferiram o templo como um lugar de reunião com Deus em detrimento do próprio Deus no meio deles. Conseqüentemente, Deus destruiu em 70 d.C.
Semelhantemente, em nossos dias, pessoas religiosas continuam em diversas idolatrias quando elevam sua denominação, igreja, liturgia, tradução da Bíblia, estilo de música do louvor, pastor, método teológico, autor favorito ou planejamento ministerial a um lugar onde Jesus é substituído e no qual sua fé repousa para mantê-las perto de Deus. Isso também explica porque qualquer mudança na tradição de uma pessoa religiosa é recebida com tanta hostilidade – pessoas tendem a se agarrar a seu ídolo; isso inclui as igrejas, que são adorados como algo tão sagrado como foi o templo.

Conheça seus ídolos

        Como os judeus nos dias de Jesus, os cristãos devem estar continuamente cientes de seus ídolos religiosos. Ídolos religiosos incluem verdades, dons e moralidade. Essas são coisas em que as pessoas confiam além de Jesus Cristo para obter salvação, não diferente dos judeus que acrescentaram a circuncisão ao evangelho e eram criticados por Paulo em Gálatas como hereges a pregar um falso evangelho.

        1 - Idolatria da Verdade é talvez a mais comum entre aqueles  que são mais comprometidos com transmissão da doutrina e estudo bíblico. Essas pessoas são inclinadas a pensar que são salvas por causa da exatidão de sua crença mais do que pelo simples fato de que Jesus morreu por elas. Pessoas religiosas que idolatram a verdade são frequentemente culpadas do mais alto sentimento de superioridade. Eles continuamente se divertem de forma sarcástica fazendo piadas com seus oponentes e encontram grande deleite na Internet, onde ser um blogueiro bem conhecido geralmente significa que você tem que ser um idólatra da verdade, que alimenta a idolatria de zombadores religiosos, para quem a ideologia tornou-se seu ídolo.

        2 - Idolatria dos Dons é talvez o mais comum entre aqueles mais cheios de dons e capacitados no serviço ministerial, que confundem dom espiritual com maturidade espiritual e fruto espiritual. Essas pessoas comumente pensam que eles são salvos por causa dos dons que eles possuem e que qualquer ministério que eles alcançaram – e consequentemente, sua fé – firma-se mais no fato de que Deus está usando-os do que no fato de que Jesus morreu por eles. Infelizmente, isso é comum entre os pregadores da Bíblia que fizeram de seus púlpitos um ídolo, para onde eles vão por identidade e alegria. Eles procuram a aprovação de seus ouvintes que os aplaudem e, eventualmente, o pastor cujo ídolo é a pregação torna-se o ídolo de sua congregação, cuja devoção a ele é como a um deus, e ele se torna praticamente sem pecados aos seus olhos.

         3 - Idolatria da Moralidade é talvez a mais comum entre as pessoas religiosas mais bem comportadas e decentes. Essas pessoas com freqüência pensam que são salvas porque vivem uma vida decentemente moral e boa, de devoção e obediência em vez de verem a si mesmos como pecadores por natureza, cujo pecado é sério o suficiente para requerer a morte expiatória de Jesus. Tais pessoas são como o irmão mais velho na história do filho pródigo – eles se sentem ofendidos quando a graça é dada a pecadores arrependidos porque não é merecida. Essa atitude em tais momentos revela a idolatria do desempenho pessoal; a sua irrevogável verdade reside no desempenho próprio e não em Jesus.

Idolatria leva ao pecado

         Um dos mais longos tratamentos de idolatria em todo o Novo Testamento é encontrado em 1 Coríntios 10, onde Paulo lista a idolatria como participação com demônios, que leva a todos os tipos de pecado,  incluindo glutonaria, alcoolismo, imoralidade sexual e murmuração. De fato, quanto mais nos comprometemos com nosso ídolo, mais nos tornamos um com ele e cada vez mais parecido com ele, para a nossa destruição. Além disso, como 1 Coríntios 10 deixa claro, nossa idolatria também desgasta nossas relações com os colegas cristãos, dá um falso testemunho aos não cristãos e faz que outros sejam tentados a se juntar a nós no pecado da idolatria. Consequentemente, idolatria prejudica todo tipo de relacionamento que nós temos e é um câncer mortal no corpo da igreja e na sociedade como um todo.

Confie no Criador, não na criação

          Beale conclui sua pesquisa bíblica no livro de Apocalipse observando que os idólatras são referidos como “habitantes da terra” (Apocalipse 8:13; 13:8; 14; 14:6-9; 17:2-8). De acordo com Beale, os “habitantes da terra” no Apocalipse não podem olhar para além desta terra por uma questão de segurança, o que significa que eles confiam em algum elemento da criação e não no Criador para seu bem-estar final. Assim, pessoas são chamas de “habitantes da terra” porque  isso expressa o objeto da confiança deles e talvez do seu próprio ser, na medida que eles se tornaram parte do sistema terreno em que encontram segurança – tornaram-se como ele. Porque eles se comprometeram com algum elemento da terra, eles se tornam terrenos e vêm a ser conhecidos como “habitantes da terra”.

Jesus não existe para nos ajudar a adorar ídolos

          Cristãos nunca devem esquecer que somos também inclinados aos mesmos tipos de idolatria que os “habitantes da terra”. Idolatria religiosa é frequentemente a mais perniciosa de todas. Idolatria religiosa usa Deus para saúde, bem-estar, sucesso e coisas do tipo; nessa grotesca inversão do evangelho, Deus é usado para nossa glória, como se não apenas nós devêssemos adorar a nós mesmos, mas Deus também deve ser nosso adorador. Esse tipo de pregação do falso evangelho é  evidente sempre que Jesus é apresentado como um meio pelo qual um idólatra pode alcançar seu ídolo. Exemplos incluem promessas de que Jesus o fará rico, feliz, muito bem casado, excelente pai e assim por diante, como se Jesus existisse para ajudar a adorarmos nossos ídolos.

Fonte: http://iprodigo.com/traducoes/conheca-seus-idolos.html

sábado, 22 de outubro de 2011

OS DEZ MANDAMENTOS DO NAMORO

Por Pr. Josué Gonçalves

          Namoro é uma fase muito bonita. É definida como o ato de galantear, cortejar, procurar inspirar amor a alguém. O namoro cristão, tenha a idade que tiver, deve ser uma convivência afetiva preliminar que amadurece e prepara o casal para o compromisso mais profundo. O contrário disso, longe dos princípios de Deus, pode resultar em uma experiência nociva e traumática. Observe alguns princípios que ajudam a manter o seu namoro dentro do ponto de vista de Deus.

1. Não namore por lazer: namoro não é passatempo e o cristão consciente deve encarar o namoro como uma etapa importante e básica para um relacionamento duradouro e feliz. Casamentos sólidos decorrem de namoros bem ajustados.

2. Não se prenda em um jugo desigual (II Co 6:14-18): iniciar um namoro com alguém que não tem temor a Deus e não é uma nova criatura pode resultar em um casamento equivocado. E atenção: mesmo pessoas que freqüentam igrejas evangélicas podem não ser verdadeiros convertidos ou não levarem o relacionamento com Deus a sério.

3. Imponha limites no relacionamento: o namoro moderno, segundo o ponto de vista dos incrédulos, está deformado e nele intimidade sexual ou práticas que levam a uma intimidade cada vez maior são normais, mas o namoro do cristão não deve ser assim, o que nos leva ao próximo mandamento.

4. Diga não ao sexo: Deus criou o sexo para ser praticado entre duas pessoas que se amam e têm entre si um compromisso permanente. É uma bênção para ser desfrutada plenamente dentro do casamento; fora dele é impureza.

5. Promova o diálogo e a comunicação: conversar é essencial, estabeleça uma comunicação constante, franca e direta e não evite conversar sobre qualquer assunto.

6. Cultive o romantismo: a convivência a dois deve ser marcada por gentileza, cordialidade e romantismo. Isso não é cafona, nem é coisa do passado e traz brilho ao relacionamento.

7. Mantenha a dignidade e o respeito: o namoro equilibrado tem um tratamento recíproco de dignidade, respeito e valorização. O respeito é imprescindível para um compromisso respeitoso e duradouro. Desrespeito é falta de amor.

8. Pratique a fidelidade: infidelidade no namoro leva à infidelidade no casamento. Fidelidade é elemento imprescindível em qualquer tipo de relacionamento coerente à vontade de Deus, que abomina a leviandade.

9. Assuma publicamente seu relacionamento: uma pessoa madura e coerente com a vontade de Deus não precisa e nem deve lutar contra seus sentimentos ou escondê-los.

10. Forme um triângulo amoroso: namoro realmente cristão só é bom a três: o casal e Deus. Ele deve ser o centro e o objetivo do namoro.

          Deixe Deus orientar e consolidar seu namoro. Viva integralmente as bênçãos que Deus tem para você através do namoro. E seja feliz.

Fonte: http://www.josuegoncalves.com.br/portal/